De onde vem esse medo todo que eu sinto?
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Eu acredito que muitas vezes nos fazemos esta pergunta na vida, que vaga em nossa mente sem uma resposta clara e honesta sobre a sua origem em nossa história.
Quando nascemos somos amparados pelos nossos pais e pessoas com a função de cuidar da nossa segurança para que tomemos cuidado para não colocar o dedo na tomada, não chegar perto do fogão, não subir nos parapeitos das janelas, e toda a infinidade de cuidados que uma criança que não tem noção de perigo, precisa para que não se machuque.
No entanto, quando crescemos, parece que o medo aprendido cresce junto com a gente, ganhando um poder monstro sobre nós. Um medo que bloqueia, impede e trava a percepção e a vida.
Agora, você conhece algum ser humano que não tenha medo? Mesmo que a pessoa negue, o medo é parte da nossa psique e estará presente, mesmo que de forma inconsciente. Portanto, não dá para deixar a vida nos levar, porque estamos inseguros e temerosos de que nossos esforços podem não alcançar os resultados que esperamos. Mas parece que é bem mais fácil aceitar o sofrimento de viver com medo do que dissolvê-lo na luz do autoconhecimento. Afinal, temos medo de que? O que exatamente nos causa pânico?
E para esta pergunta eu tenho uma resposta assustadora. Temos mais medo da nossa luz do que das nossas sombras. É a nossa luz e não a nossa obscuridade que nos assusta. Viver imerso na escuridão com a qual já estamos acostumados é mais suportável do que passar por um processo de iluminação.
Iluminar-se quer dizer ver além das ilusões do ego. É conseguir compreender que nossas frustrações, culpas, sentimentos de fracassos são oriundos de uma inconsciência do nosso verdadeiro poder. É falta de vida no momento presente e excesso de ideias que não se materializam por falta de empenho, força e determinação de vencermos o medo de errar.
Nenhuma criança aprende a andar sem cair vários tombos. E antes disso, ela se rasteja até ganhar força para ficar em pé. E não tem nada de errado nisto! O problema é que quando a gente cresce, o ego nasce e com ele vem a necessidade de controle e julgamento como filtros de nossa percepção da vida. E daí, deixamos de ser ingênuos, humildes e ávidos por correr riscos. Passamos a querer tudo do jeito certo, não gostamos de ser contrariados e a nossa vontade torna-se suprema, deixando a nossa força de aprendizagem relegada ao inconsciente. E assim, passamos a viver esquecidos de quem realmente somos ou nascemos para ser.
Desbancar nosso ego é sinônimo de morte. Sim! É isto que sentimos quando enfrentamos o nosso despertar. É isto que sentimos quando percebemos que para renascer limpos destes medos precisamos morrer para o ego e viver para a nossa verdadeira identidade. É ter a consciência de que estamos fazendo tudo errado, porque escolhemos ouvir a voz que grita e não a voz que sussurra em nosso coração, que pede: “ame ao próximo como a ti mesmo”. Logo, se não estamos sendo capazes de ouvir nossa alma que clama pelo nosso amor próprio, como poderemos amar ao outro?
Amar, em primeira instância, é aprender a perdoar nossos enganos. É saber que além daquele grito, há outro coração com uma voz que sussurra e pede amor.
Compaixão é exatamente isto, amar e compreender o tempo que cada um tem para aprender a ouvir seu coração. Enquanto isto, sigamos tentando abrir vagarosamente nossos olhos até que possamos aceitar a luz que nos ilumina sem que possamos querer enxerga-la.
Faça Seu Céu Brilhar
Seja a LUZ que ilumina o CAMINHO da sua MISSÃO