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Algum dia você já parou e disse a si mesma: Chega! A vida não precisa ser assim?

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O Tempestuoso Caminho da Autodescoberta!

Eu me lembro que quando eu era menina, uma das minhas maiores tristezas era ser gordinha! Uma sensação estranha que eu só fui entender muitos anos mais tarde. Quem foi gordinha na infância e na adolescência sabe do que estou falando! Ainda mais quando fazer ginástica não é uma das suas atividades favoritas. Perder peso era um grande problema para quem gostava mesmo era de comer muito arroz com feijão. (Risos)

Eu brinco dizendo que se sentir bem em seu corpo é como se sentir em casa. Segura e capaz de ser e agir como você realmente é. Só que a construção da autoestima sofre não só com as influências do meio em que vivemos, mas também com as heranças emocionais e espirituais que trazemos dentro de nós.

O Mapa do Céu dá a direção!

Quando nascemos neste planeta, ganhamos um mapa, que mostra o céu refletido em nós. Cada planeta, signo, casa e aspecto em Astrologia reúne todos os simbolismos do nosso projeto de vida. Nascemos como semente com todo o potencial de vir a ser, e ao longo do nosso desenvolvimento e construção da nossa identidade, temos que aprender a lidar com um ego julgador que nos desvia, muitas vezes, da nossa essência, capaz de nos jogar no meio da fogueira das vaidades humanas.

Bom, mas se por aqui estamos, é por aqui mesmo que teremos que ressignificar isto. Conflitos internos, relações familiares desafiadoras, plano afetivo abalado, sentimentos de confusão – não sei o que eu realmente quero para minha vida – e processos dolorosos vão gerando generalizações e crenças de que o mundo não é tão bom quanto gostaríamos que fosse. E com o passar do tempo descobrimos que não estamos felizes, com uma angústia sem nome, baixa autoestima e uma sensação de vazio que não sabemos como preencher. Às vezes, nos isolamos, nos tornamos agressivos, defensivos e paramos no tempo, sofrendo sem saber porquê. E é nesta hora que eu digo, é preciso acolher essa dor. Reconhecer, inclusive, os momentos em que precisamos de apoio, seja da família ou de um amigo verdadeiro, ou até mesmo de um profissional, que nos ajude a tirar a pedra do sapato que nos impede de caminhar com mais leveza.

Os Quatro Pilares para Uma Vida com Propósito!

Assim, viver uma vida que faça sentido é a grande charada que precisa ser decifrada. A psicologia positiva tem ajudado muito com suas pesquisas sobre felicidade e florescimento da humanidade e revela que precisamos estar alicerçados em 4 pilares fundamentais. São eles: Pertencimento, Propósito, Transcendência e História – que história eu tenho contado da minha vida para mim?

Pertencimento – Como eu Me Encaixo No Mundo?

O pilar do pertencimento está muito ligado à necessidade que todo o ser humano tem de se sentir encaixado no mundo. E ele começa a aprender isto primeiramente com a família, seu primeiro núcleo social, tão responsável pelo apoio à construção da sua identidade e sua estrutura de caráter.  É como na metáfora que fiz no início, a importância de sentir em casa!

Infelizmente, às vezes, é a vida que faz este papel – e neste sentido – o grande desafio é você reconhecer que se faltou a família, terá que buscar nas circunstâncias externas e nos seus relacionamentos, a possibilidade de encontrar este pertencimento. Por isso, no mapa astrológico, tanto a Casa IV como o Meio do Céu são fundamentais para analisarmos o “de onde eu vim e para onde eu vou” na busca por um propósito. E o lindo da Astrologia é que ela dispõe, mas nunca impõe. Escolher é a base do nosso livre arbítrio e por isto em qualquer cenário, você sempre poderá ver o negativo ou o positivo.

A questão é que nós sempre poderemos usar mil desculpas para justificar a nossa insatisfação pessoal, nossa falta de saúde ou de motivação, se não estivermos realmente dispostos a mudar isso. Sabe por que? Por que de fato, tudo o que eu penso é incrivelmente real para mim. E se nossas escolhas não estão construindo a realidade que queremos é talvez porque estamos deixando a nossa mente ligada no piloto automático, gerando comportamentos comandados por emoções e crenças inconscientes, que deixam vazar as mágoas, ressentimentos, raiva, medo, culpa, que precisamos dissolver e não sabemos como.

E eu arrisco a dizer que a baixa autoestima pode estar na base da nossa infelicidade, impactando diretamente nossa autoimagem e autoconfiança, formando relacionamentos frustrados, causados pelo próprio medo da rejeição.

Eu pude observar muitos destes padrões através dos mapas dos atendimentos astrológicos que fiz e que estudei, que podem ser reconhecidos, por exemplo, quando se tem no mapa natal, aspectos tensos de Saturno e dos planetas transpessoais (Urano, Netuno e Plutão) com os luminares Sol (identidade) e Lua (plano emocional), Vênus (plano afetivo) e Marte (comportamento). O fato é que uma pessoa que não consiga sentir-se amada por si mesma em primeiro lugar, terá muita dificuldade para construir relacionamentos saudáveis em sua vida.

Confesso que eu mesma, busquei o conhecimento da Astrologia, justamente porque precisava compreender a profusão de emoções que eu sentia e que não conseguia traduzir por mim mesma. E ela foi a luz que me ajudou a ver as situações da minha vida por uma outra perspectiva de realidade. E o que era dor, passou a ser alavanca de superação, e esperança, por compreender que viver é crescer com os desafios.

Para encontrar pertencimento na vida é necessário compreender que cada consciência tem seu estágio evolutivo. Nem todos estamos no mesmo ponto de despertar. Nossas ilusões sobre quem somos são como um véu escuro que esconde a nossa própria luz. Enquanto não percebemos isso, sofremos. Sofremos e nos enganamos o tempo todo, fazendo as mesmas escolhas equivocadas de sempre. Como se a vida de dor fosse um corpo em coma, aguardando a decisão da consciência de partir para um renascimento ou ir morrendo aos poucos. Até que um dia, por um milagre, acordamos.

O mais incrível é que para um milagre acontecer, precisamos apenas de um instante. O instante no tempo em que eu abro os olhos e decido ver. Decido enxergar a vida e os fatos com olhos de criança recém-nascida pelo amor. E que todo dia é dia de despertar. Hoje pode ser o seu, ou o meu. Cada experiência nova que vivemos é mais um degrau a subir na grande escada da nossa evolução e mais uma chance de encontrar um sentido, um propósito para se viver.

Viver sem propósito é o mesmo que ficar parado no mesmo degrau com medo de dar espaço para aquela emoção velha de guerra ser vivida e dissolvida.

É travar no tempo, não esgotar o carma, é não preencher o vazio. Parar no mesmo degrau da escada, é não só deixar de ascender a níveis mais elevados para a consciência, como também atrapalhar os que estão vindo atrás, prontos para seguir. Isto gera carma cruzado e só aumenta o peso que a alma carrega. Viver por um propósito! Isto é fundamental em nossa jornada. Meio do Céu da nossa vida.

Por isso é preciso lembrar sempre que o tempo não volta. Ele pode ser irreal, mas aqui serve de escola. Podemos envelhecer ou ficar velhos, sempre depende de nós. Compreender e integrar em nossa linha de espaço-tempo o que cada uma de nossas experiências trouxe de autoconhecimento, ou tratar o corpo como escravo de emoções mal resolvidas, até o seu enrijecimento.

Os signos de cada casa astrológica do mapa nos ajudam muito neste entendimento. Eles apontam onde está a luz e onde as sombras nos ofuscam as experiências por aqui. Por isso, eu relaciono o mapa como um grande GPS, localizador dos pontos que nos bloqueiam e nos impedem de crescer. Inúmeras vezes eu mesma fui ao meu para buscar as respostas que precisava. – E ainda vou! – Saber se eu peguei a estrada certa ou se me esqueci de observar a minha sinalização interna. Afinal, quantas vezes não precisamos fechar os olhos físicos para analisar a rota com os olhos do espírito? Transcender?

A transcendência faz parte do sentido que buscamos para nossa vida.

É preciso parar e olhar para dentro, analisar o painel de controle, e avaliar se as rotas definidas são realmente as que nos levarão ao destino que buscamos.

Na minha infância e adolescência – além de ser gordinha – vivi fortes dramas familiares, falta de dinheiro, dificuldades para estudar, falta de autoconfiança e baixa autoestima. Eu acreditava que nunca iria encontrar alguém que se apaixonasse por mim verdadeiramente. Isto fez com que eu redirecionasse toda a minha energia para os estudos e para a minha carreira, mas durante muitos anos sofri com relacionamentos infelizes.

Chorei e sofri muito por eles, até que um dia eu parei e disse: Chega! A vida não precisa ser assim! E comecei a contar para mim uma nova história.

Sessenta e um anos de história, relendo e reescrevendo capítulos, criando novas metas, sonhando novos sonhos, confiando na certeza de que tudo o que eu preciso para ser feliz está mesmo dentro de mim. E dizendo para mim mesma – o tempo todo – o quanto a vida vale a pena ser vivida!

Às vezes subo os degraus mais depressa, outras vezes empaco e quando me dou conta disto, lembro imediatamente do meu propósito, que é claro como a luz que me ilumina. E com toda a força espiritual que me ampara eu abro os olhos e acordo todos os dias para continuar reescrevendo minhas histórias.

Por isso, seu eu puder deixar aqui uma frase de apoio, eu lhe digo:

Faça Seu Céu Brilhar! Por que quanto mais luz você irradia, mais luz você atrai para ajudar você a iluminar o caminho!